domingo, 28 de setembro de 2014

A Teoria da Terra em Expansão

Em 1950, um barco de investigação de "Lamont-Doherty Earth Observatory" da Universidade de Columbia, realizou um estudo em alto mar do fundo do oceano Atlântico e descobriu uma enorme cadeia montanhosa submersa à qual chamaram "Dorsal Meso Atlântica". Mais tarde descobriu-se que cada oceano contém partes do mesmo sistema de dorsais oceânicas interligadas.
Um exame minucioso da "Dorsal Meso Atlântica" e outras dorsais oceânicas, revela que estas se formaram devido a fissuras na crosta terrestre, as quais permitem que o magma saia à superfície e se solidifique para formar a nova crosta terrestre.
De facto as amostras da base da crosta colhidas a cada lado das dorsais, mostraram que esta é relativamente nova.
Pouco depois Wegener introduziu a teoria da Deriva Continental, muita gente tentou compor os continentes. Algumas "peças" (como a América do Sul e África) eram de um encaixe óbvio, mas outros continentes não encaixavam entre si devido à crença de que um vasto oceano existia entre os continentes.
Sam Carey, um Australiano que se atreveu a resolver o puzzle sem contar com o oceano, constatou que os continentes encaixavam perfeitamente entre si. Isto foi na década de 1930, num momento em que a teoria de Wegener ainda estava a ser ridicularizada. A solução de Carey só funcionava se o planeta Terra fosse uma fracção do seu tamanho actual, o qual funcionou perfeitamente.
Existem provas sólidas de que os oceanos são relativamente recentes no planeta Terra, todos os leitos marinhos são geologicamente recentes.
Os continentes actuais, como por exemplo a Austrália, formaram-se há 4,3 mil milhões de anos, ao contrário o leito marinho geologicamente mais antigo formou-se há 180 milhões de anos.
O modelo das placas tectónicas assume que isto acontece porque a crosta terrestre mais antiga teria sido subduzida. Para que esta suposição seja correcta, uma superfície equivalente ao oceano Pacífico teria que ser subduzida para baixo do continente Americano e isto desde o período Jurássico.
Simplesmente não vemos esse tipo de subdução a ocorrer em qualquer parte do planeta na actualidade.



 Os biólogos ao analizar plantas e animais fossilizados para determinar em que continente ou oceano habitavam, concluíram que tal só poderia ter acontecido se a Terra estivesse em expansão.
Carey sugeriu que se realizasse uma experiência para medir a expansão da Terra, e, em 1986 levou-se a cabo tal experiência.
Um par de receptores [A & B] foram colocados em lugares diferentes do planeta, cada um direccionado para o mesmo quasar e captando as suas emissões de rádio. Os quasares são fontes de ondas de rádio que servem como um farol universal.


Devido à curvatura da Terra, o Lugar [A] ao estar um pouco mais perto do sinal do quasar, receberia este primeiro, usando o tempo de retardo e um pouco de geometria, pode-se determinar a diferença entre as duas estações [A & B] e o quasar, se pegarmos nas duas medições num momento posterior, quando os dois receptores estão orientados para o quasar, se o receptor [B] se aproximar do quasar, o tempo de resposta entre eles será menor.
Sabemos que a distância entre os dois receptores [A & B] não mudou, a sua aparente mudança da distância desde o quasar [C], deve atribuir-se ao facto que a curvatura da Terra diminuiu devido à expansão. Durante um período de dez anos os resultados da experiência mostraram uma expansão de creca de 2cm/ano, enquanto que a separação real da superfície [A & B] manteve-se constante. Isto pode parecer pequeno, mas o volume é enorme.
Os pequenos modelos da Terra, indicam que uma reconstrução do super continente Pangea sobre um planeta que representava entre 55% a 60% do raio da Terra actual, pode acontecer ao ajustar de forma coerente os continentes.
Não se pode ignorar estes factos.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

O Mistério da Ilha de Páscoa

Descoberta no Domingo de Páscoa de 1722, situada a 3.250 km. a Ocidente das costas do Chile, faz parte integrante do território deste país.
Os seus primeiros habitantes chegaram à ilha aproximadamente em 450 d.C., vindos das ilhas da Polinésia.
Durante 1000 anos esculpiram na rocha, cerca da cratera de um dos seus vulcões, aproximadamente 900 esculturas que ao que parece, foram construídas em honra aos seus chefes mortos.



Do sítio onde foram esculpidas até à sua localização actual existe uma distância considerável e se consideramos que na ilha não existem rastros da forma como foram transportadas, surge uma pergunta, como chegaram até à sua localização final?
A incógnita foi esclarecida em 1956 por Thor Heyerdhal, um explorador Norueguês, ao encontrar vestígios de madeira queimada, o qual demonstrava a existência de frondosos bosques, os mesmos que foram cortados para labores agrícolas e transporte em trenós das estátuas.
A técnica de abate e queima dizimou o bosque causando uma seca prolongada e rigorosa, cuja erosão dos terrenos foi de tal forma grave que a madeira tornou-se escassa a tal ponto que, um povo de origem navegante ficou isolado por falta do material que lhe permitia construir o seu meio de transporte.


A ilha da Páscoa, de nome indígena Rapa Nui, é um dos lugares mais remotos do planeta, localizada a 3.700 km. da costa americana, no seu interior guarda-se um dos mistérios mais assombrosos do mundo, as grandes estátuas chamadas Moai.
Feitos de rocha vulcânica, os Moai, de que se conhecem cerca de 900, têm uma altura média de 5 metros e 14 toneladas de peso, tendo o maior deles cerca de 80 toneladas.
A sua função devia ser ritual, podendo representar antepassados importantes. Construídos por volta dos Séc. XII ao XVII, eram colocados, alguns deles, sobre plataformas chamadas Ahu. Os Ahu eram constituídos por um muro traseiro reforçado, outro dianteiro de retenção e uma rampa. A estátua com o seu Pukao (chapéu), era apoiada sobre uma laje de pedra e um recheio de escombros. No interior do Ahu podia haver uma câmara funerária.


A construção de um Moai era bastante simples, primeiro era delineado na rocha, depois era talhado deixando uma quilha nas suas costas que o mantinha unido à rocha. Acabando o trabalho, partiam a quilha e deixavam-no deslizar pela encosta abaixo até chegar a um fosso onde o finalizavam talhando as suas costas.
Mas o grande mistério é como puderam ser transportadas estas imensas estátuas desde o lugar onde foram talhadas, a pedreira de Rano Raraku, até às suas posições finais junto à costa, sem ajuda de animais de carga ou tecnologia.
O investigador Thor Heyerdahl acredita que o Moai era transportado sobre um trenó que deslizava graças a lubrificantes vegetais.
Mulloy sugeriu que dois grandes postes unidos em "V" e um trenó curvo, moviam a  estátua graças ao balancear da mesma.
Pavel diz que puderam ter sido movidos na vertical, balanceando a estátua e arrastando para a frente. Um trenó de troncos sobre rolos de madeira é a hipótese sugerida por Love. Finalmente Van Tilburg sugeriu que as estátuas eram deitadas num trenó que avançaria sobre troncos de árvores.
Provavelmente este mistério, como o do fim da cultura da Ilha da Páscoa, nunca nos será revelado. 

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

As Pirâmides Chinesas

No fim da II Guerra Mundial, o piloto da U.S.A. James Gaussman realizava uma missão de abastecimento às forças do exército Chinês, mas o motor do seu aparelho começou a ter problemas mecânicos que o fizeram regressar à sua base em Assam (Norte da Índia). Para maior segurança e depois de corrigir a sua rota, o avião de James Gaussman fez a viagem de regresso a baixa altitude.
Depois de passar sobre a cidade de Xi`an e com rumo a Sudoeste, apareceu à sua frente uma gigantesca pirâmide.
Gaussman assombrado, fez várias passagens sobre a pirâmide e tirou várias fotografias, que junto a um relatório detalhado, foi entregue aos seus superiores da base aérea de Assam. Este incidente ficou esquecido nos arquivos da Força Aérea Americana.
Mas este não era o primeiro incidente, desta categoria, que acontecia a pilotos sobre o espaço aéreo Chinês, nem o último.
Em Março de 1947, finalizada a II Guerra Mundial, o diário New York Times fazia referência a uma observação feita pelo coronel Maurice Sheehan desde o seu avião, no qual chegou a sobrevoar uma gigantesca pirâmide que teria aproximadamente 300 metros de altura, tendo cada um dos seus lados 450 metros. Já em 1994, o investigador alemão Hartwig Hausdorf, conseguiu fotografar e filmar várias destas construções nas proximidades de Xi`an, numa autêntica operação de audácia, dado que toda a área que percorreu era de acesso restrito a estrangeiros e até aos próprios habitantes da zona.
Graças à sua valentia e coragem, hoje dispomos do documento gráfico mais importante de todos os tempos sobre a existência de construções piramidais na China.
Apesar de toda a negação do governo Chinês a que se investigue a presença destas pirâmides, existe documentação histórica suficiente que nos leva à possibilidade de que algumas destas construções fossem realizadas durante o século III a.C., mais concretamente durante o período do reinado de Shi Huang-Ti, da dinastia Qin (259-210 a.C.)
De este personagem lendário, apelidado de o "Imperador Amarelo", têm-se escrito todo o tipo de histórias e fantasias. Mas o que sim está certo, é que durante o seu reinado, iniciado à idade de 13 anos, foram realizadas as maiores e mais importantes construções da história chinesa.
A ele devemos a construção de parte da grande muralha da china e do exército de terracota desenterrado junto ao seu mausoléu. Mas uma das suas mais espectaculares construções, foi a que descreve o historiador chinês Sseuma Ts`ien (135-85 a.C.), nela empregou cerca de 700.000 trabalhadores na construção de uma grande pirâmide, no monte Lishan, cerca do mausoléu donde foi descoberto o exército de terracota.
Debaixo da pirâmide existem centenas de metros de galerias e passagens, repletas dos mais incríveis tesouros que rodeavam a câmara funerária do imperador. Ordenou posteriormente cobrir toda a construção com terra e plantar vegetação sobre ela para poder camuflar a sua forma como se fosse uma elevação natural do terreno.
A princípio dos anos 80, uma expedição Inglesa entrou furtivamente na zona de Xi`an, restringida pelo governo chinês, com o objectivo de estudar e realizar análises às pirâmides.
Recolheram amostras de solo e descobriram uma entrada tapada por um enorme bloco de pedra coberto de terra e pasto, mas, o achado mais surpreendente aconteceu numa escavação realizada num dos lados da pirâmide, encontraram um antigo punhal coberto de ferrugem. O punhal foi analisado no Museu de Londres, chegando à conclusão que o antigo objecto teria uma antiguidade de pelo menos 8000 anos.

Em 1990, uma expedição que procurava fósseis de dinossauros numa zona perto de uma pirâmide, encontraram um antigo cofre, muito deteriorado pelo passar dos séculos, no seu interior encontraram uma tela que envolvia um objecto metálico, era uma espécie de ceptro finamente trabalhado, e ainda que parecendo muito antigo, a ferrugem que o cobria era muito pouca.
Ao analisar o ceptro, chegaram à conclusão de que teria entre 8.000 a 10.000 anos de antiguidade. Não se pôde identificar o metal de que estava forjado o ceptro. Tinham dado com um material desconhecido pela ciência moderna.

A princípios do ano 2000, o governo chinês finalmente reconheceu a existência de umas 400 pirâmides na região de Shanxi, ao Norte de Xi`an, estavam bastante deterioradas pela falta de manutenção e preservação.
Estima-se que a grande maioria das 400 edificações de Shanxi, foram construídas durante a dinastia do Imperador Qin Shi Huang (260-210 a.C.), com o propósito de acomodar perto da sua tumba os restos mortais dos membros da corte imperial chinesa, para o acompanharem no seu descanso eterno.
Como ainda hoje em dia não se pode estudar rigorosamente as pirâmides chinesas, estas continuam a ser um grande mistério para a ciência moderna.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

A cidade subterrânea de DERINKUYU - Turquia

Em 1963 um habitante de Derinkuyu (na região da Capadócia, Turquia), ao derrubar uma parede de sua casa, numa caverna, descobriu assombrado que por trás da mesma se encontrava um misterioso quarto que nunca tinha visto antes, este quarto levou a outro e este a outro e a outro.
Por casualidade tinha descoberto a cidade subterrânea de Derinkuyu.
Os arqueólogos começaram a estudar esta fascinante cidade subterrânea abandonada, conseguiram chegar aos quarenta metros de profundidade, mas acredita-se que possa ter uma profundidade de até 85 metros.
Até aos dias de hoje, descobriram-se 20 níveis subterrâneos, só se podem visitar os oito níveis superiores, os restantes estão parcialmente obstruídos ou reservado a arqueólogos e antropólogos que estudam Derinkuyu.
Um detalhe interessante é que Derinkuyu foi sofrendo dramáticas alterações ao largo da sua história, sobretudo na era Bizantina, na qual se colocaram umas grandes portas de pedra para fechar a cidade desde dentro e assim impedir o acesso desde o exterior, o que indica o conhecimento da cidade por parte de perseguidores e possíveis invasores.
Surpreendentemente, graças às suas fontes de água e depósitos internos de víveres, a cidade podia albergar cerca de 3.000 pessoas, mas, em caso de emergência podia ser ocupada por cerca de 50.000 pessoas. A cidade foi utilizada como refúgio por milhares de pessoas que viviam no sub-solo para se protegerem das frequentes invasões que sofreu a Capadócia nas diversas épocas da sua ocupação, e também pelos primeiros cristãos,
Os inimigos conscientes do perigo que havia de se introduzirem no interior da cidade, tentavam que a povoação saísse à superfície envenenando os abastecimentos de água.
O seu interior é assombroso, as galerias subterrâneas de Derinkuyu, nas que há espaço para pelo menos 10.000 pessoas, podiam bloquear-se em três pontos estratégicos, movendo portas circulares de pedra. Estas pesadas rochas que fechavam o túnel, impediam a entrada dos inimigos. Tinham de 1 a 1,5 metros de altura e uns 50 cm. de espessura, com um peso de até 500 Kg., além disso Derinkuyu possui um túnel com quase 8 Km. de comprimento que conduz a outra cidade subterrânea da Capadócia, Kaymakli.
Nos níveis recuperados localizaram-se estábulos, salas, uma igreja (em forma de cruz, com 20x9 metros, com um tecto de mais de três metros de altura), cozinhas (ainda enegrecidas pelo fumo), prensas para o vinho e para o azeite, adegas, lojas de alimentação, uma escola, numerosas habitações e inclusive um bar.
A cidade beneficiava da existência de um rio subterrâneo, tinha poços de água e um magnífico sistema de ventilação que assombra os engenheiros da actualidade, pela sua complexidade.
Investigadores notaram que algumas das zonas mais antigas eram mais altas que as modernas, como se tivessem sido feitas para pessoas de maior estatura. Acredita-se que estas cidades remontam ao período Paleolítico e que aproximadamente há 12.000 anos a Turquia sofreu uma breve Era Glaciar, que durou aproximadamente 500 anos, obrigando os habitantes desta região, mais altos do que nós, a refugiar-se do frio e da neve do exterior, escavando estas cidades onde a temperatura se mantinha constante.
Alguns autores e investigadores defendem que teriam existido civilizações avançadas, muito antes da Mesopotâmia e do Egipto e que desapareceram após a chegada da última glaciação. 
Será então Derinkuyu um vestígio de alguma dessas civilizações pré-históricas?
As investigações arqueológicas provaram que as habitações haviam sido escavadas de tal modo que nenhuma delas tinha comunicação com a de outras famílias.
Iniciava-se a escavação das chaminés de ventilação, com uma profundidade de aproximadamente 70 ou 80 metros, a seguir escavavam as galerias laterais que constituíam as ruas da cidade. Os poços escavavam-se até que surgisse água e utilizavam as chaminés de ventilação para retirar os escombros por meio de roldanas.
A razão principal que fez possível a escavação de Derinkuyu e outras cidades subterrâneas da Capadócia foi a "suave" pedra vulcânica, uma mistura de cinzas e barro resultado da erupção de dois vulcões.
Apesar de serem muito estudadas, estas cidades subterrâneas estão envoltas em muitos mistérios, que com o tempo espero serem desvendados.