quinta-feira, 4 de setembro de 2014

O Mistério da Ilha de Páscoa

Descoberta no Domingo de Páscoa de 1722, situada a 3.250 km. a Ocidente das costas do Chile, faz parte integrante do território deste país.
Os seus primeiros habitantes chegaram à ilha aproximadamente em 450 d.C., vindos das ilhas da Polinésia.
Durante 1000 anos esculpiram na rocha, cerca da cratera de um dos seus vulcões, aproximadamente 900 esculturas que ao que parece, foram construídas em honra aos seus chefes mortos.



Do sítio onde foram esculpidas até à sua localização actual existe uma distância considerável e se consideramos que na ilha não existem rastros da forma como foram transportadas, surge uma pergunta, como chegaram até à sua localização final?
A incógnita foi esclarecida em 1956 por Thor Heyerdhal, um explorador Norueguês, ao encontrar vestígios de madeira queimada, o qual demonstrava a existência de frondosos bosques, os mesmos que foram cortados para labores agrícolas e transporte em trenós das estátuas.
A técnica de abate e queima dizimou o bosque causando uma seca prolongada e rigorosa, cuja erosão dos terrenos foi de tal forma grave que a madeira tornou-se escassa a tal ponto que, um povo de origem navegante ficou isolado por falta do material que lhe permitia construir o seu meio de transporte.


A ilha da Páscoa, de nome indígena Rapa Nui, é um dos lugares mais remotos do planeta, localizada a 3.700 km. da costa americana, no seu interior guarda-se um dos mistérios mais assombrosos do mundo, as grandes estátuas chamadas Moai.
Feitos de rocha vulcânica, os Moai, de que se conhecem cerca de 900, têm uma altura média de 5 metros e 14 toneladas de peso, tendo o maior deles cerca de 80 toneladas.
A sua função devia ser ritual, podendo representar antepassados importantes. Construídos por volta dos Séc. XII ao XVII, eram colocados, alguns deles, sobre plataformas chamadas Ahu. Os Ahu eram constituídos por um muro traseiro reforçado, outro dianteiro de retenção e uma rampa. A estátua com o seu Pukao (chapéu), era apoiada sobre uma laje de pedra e um recheio de escombros. No interior do Ahu podia haver uma câmara funerária.


A construção de um Moai era bastante simples, primeiro era delineado na rocha, depois era talhado deixando uma quilha nas suas costas que o mantinha unido à rocha. Acabando o trabalho, partiam a quilha e deixavam-no deslizar pela encosta abaixo até chegar a um fosso onde o finalizavam talhando as suas costas.
Mas o grande mistério é como puderam ser transportadas estas imensas estátuas desde o lugar onde foram talhadas, a pedreira de Rano Raraku, até às suas posições finais junto à costa, sem ajuda de animais de carga ou tecnologia.
O investigador Thor Heyerdahl acredita que o Moai era transportado sobre um trenó que deslizava graças a lubrificantes vegetais.
Mulloy sugeriu que dois grandes postes unidos em "V" e um trenó curvo, moviam a  estátua graças ao balancear da mesma.
Pavel diz que puderam ter sido movidos na vertical, balanceando a estátua e arrastando para a frente. Um trenó de troncos sobre rolos de madeira é a hipótese sugerida por Love. Finalmente Van Tilburg sugeriu que as estátuas eram deitadas num trenó que avançaria sobre troncos de árvores.
Provavelmente este mistério, como o do fim da cultura da Ilha da Páscoa, nunca nos será revelado. 

1 comentário: