sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Os discos Dropa

     Muitos enigmas ainda envolvem a humanidade no seu passado, cercando a nossa existência bem como o mundo que conhecemos, numa cortina de mistérios.
     Em 1939, um pesquisador chinês de nome Chi Pu Tei, acompanhado de alguns dos seus alunos, iniciou uma exploração numa remota cadeia de montanhas do Tibet, conhecida como Bayan Kara Ula, onde localizaram um conjunto de grutas com umas características pouco usuais.
     Estas dividiam-se, conforme se avançava, em muitas cavernas, que por fim novamente se cruzavam, contudo, quanto mais eles exploravam percebiam de que não se tratava de simples cavernas moldadas pela natureza, mas sim, de cavernas geradas artificialmente, um dos factores que levaram estes pesquisadores a esta conclusão, foi o modo de como foi concebida a forma dada a estas cavernas.
     Todas tinham por parâmetro a forma quadrada e paredes cristalizadas, já para aquela época com a tecnologia existente, era impossível criar aquele tipo de estrutura artificial, pois para se fazerem os cortes rectos e dar-se a cristalização, era necessário aplicar grande quantidade de calor, no caso da composição mineral daquela zona, cerca de 1.200 ºC.



     Ainda intrigados com a descoberta, os pesquisadores ao adentrarem-se mais fundo no sistema de cavernas, acabaram por descobrir o que aparentavam ser sepulturas, intrigados, ao abrirem uma delas encontraram o corpo de um ser Humanóide de baixa estatura, entre 1 metro e 1,30 metros. Sendo assim logo descartaram serem corpos de crianças, outro factor que chamou a sua atenção foi o tamanho do Crânio em relação ao corpo, sendo extremamente desproporcional ao Humano.
      Naquela altura muitas dúvidas já pairavam no ar, não era Humano, isso era facto pela própria formação do Crânio, além disso a estrutura óssea deles mostrava-se aparentemente frágil em relação aos nossos padrões de rigidez óssea. Logo se imaginou ser uma espécie de primata não catalogado, mas, os primatas têm o cérebro pequeno, e não se sepultavam entre si, nem mesmo faziam sepulturas e muito menos os enterrariam uns ao lado dos outros. Deduziram então que não se tratava de primatas.
      Ainda perplexos, seguiram a sua pesquisa e continuaram a explorar o sistema de cavernas em busca de pistas que pudessem esclarecer o mistério. Mais algumas passagens e cavernas depois, foram encontradas as provas de que não eram primatas, mas sim, seres inteligentes. Encontraram desenhos e inscrições talhadas nas paredes, os pictogramas representavam coisas que foram rapidamente identificadas como: Sol Nascente, Montanhas, Lua, Planeta Terra e as estrelas, com pontos e linhas conectando-se entre si.
     Mas um objecto que passou despercebido inicialmente por estar meio enterrado na terra, iria adensar o mistério. Foi encontrado um disco de pedra com 22,7 cm de diâmetro, parecia uma espécie de registo histórico feito por alguém que desejava deixar registado algo importante. O disco tinha um sulco muito perfeito, para ter sido feito por um ser de pouca inteligência.
     A datação posterior do misterioso disco de pedra surpreendeu a todos, pois mostra que é muito mais antigo do que se imaginava. Depois de cuidada análise, chegaram à conclusão de que este teria entre 10.000 a 12,000 anos de antiguidade.
     Isso surpreende um pouco e aumenta ainda mais o seu mistério, pois torna essa pedra mais antiga do que as pirâmides do Egipto, que tantas especulações e teorias trazem sobre si.
     Mas esse foi apenas o primeiro dos discos, continuando a exploração foi encontrado outro disco, com inscrições de uma pictografia estranha e certamente nunca antes vista. Esses caracteres são de uma escrita desconhecida e de significado ignorado pois os caracteres gravados nele eram quase microscópicos. Era impossível terem sido feitos riscando uma pedra na outra, mesmo hoje em dia teriam sido necessárias ferramentas especiais. Os discos tinham um corte perfeito e isso à quase 12.000 anos atrás. Era certo que possuíam um significado muito importante para aqueles que os fizeram.
     No meio da maioria dos discos existe um orifício circular, que tipo de ferramenta permitiu uma circunferência tão precisa? Mais tarde foi encontrado outro disco, com outros caracteres diferentes, também indecifráveis, depois outro, e mais outro. No total foram contabilizados 716 discos, todos eles com inscrições de estranhos caracteres, a maioria com 30 cm de diâmetro e orifício central de no mínimo 20 mm de diâmetro. Cada disco tem inscrito sulcos finos e precisos em espiral desde o centro até à borda.



     Os discos foram limpos, recolhidos e etiquetados e junto com os restos mortais dos estranhos seres, foram encaminhados para Pequim. Ficaram então guardados no Museu de Pequim para posteriores pesquisas. Era uma quantidade de discos enorme, uma verdadeira biblioteca!
     Durante mais de vinte anos, houve várias tentativas frustradas de decifrarem o que estava escrito nos discos. Mais de duas décadas depois, exactamente em 1962, apareceu um professor, Tsum Um Nui, que ficou fascinado com a história e dedicou o seu tempo a tentar decifrar o significado das gravações feitas na pedra. Com alguns colegas, constatou que os sulcos em espiral em cada um dos discos, não eram riscos aleatórios, mas sim, uma espécie de escrita muito bem estruturada, mas desconhecida, e que, antes de a tentar decifrar, precisaria transcrever todo o conteúdo para o papel...
     Assim começou o árduo trabalho de identificação dos caracteres, foi necessário o uso de lupas para observar os minúsculos caracteres e copiá-los para os blocos de notas. E assim, os discos, um a um foram analisados à lupa, para cópia minuciosa do que estava escrito, isso facilitaria a tentativa de tradução.
     Como os discos têm aproximadamente 12.000 anos de antiguidade, essa escrita seria a mais antiga, feita no planeta Terra. Foi uma tarefa muito difícil, uma vez que os símbolos não se parecem com nenhuma forma de escrita conhecida, e muitas das inscrições estavam apagadas pela erosão, dificultando assim a sua tradução.
     Por fim, com muita dificuldade, fazendo suposições e imaginando significados, transformando alguns desenhos em palavras inteiras, ou mesmo frases completas, uma parte acabou por formar uma suposta tradução plausível e lógica. Assim uma pequena parte foi decifrada! Toda a tradução reunida pela equipa foi então passada para a escrita chinesa. Mas a grande maior parte dos discos continuam sem significado, na verdade, ficaram incoerentes.
     A parte que pôde ser traduzida é tão assombrosa, que assusta pelo conteúdo, tão assustadora que depois de traduzida foi recusada pela Universidade, que não aceitava de maneira alguma o seu conteúdo. Recusaram-se a publicar as suas pesquisas alegando que os critérios de interpretação careciam de argumentação científica. Frustrado pela recusa de publicação, Tsum Um Nui, exilou-se no Japão até a sua morte.
     A parte ordenada e descodificada conta a história de uma nave intergalática que foi obrigada a pousar na Terra, justamente nas montanhas de Baian Kara Ula, os tripulantes interplanetários eram os Dropa, provenientes de uma galáxia distante e com o seu transporte danificado sem poder levantar voo, não encontraram na Terra materiais para o seu conserto. Teriam de ficar no planeta e tentar sobreviver, pois estavam também sem meios de comunicar com os seus.


     Assim os Dropa resolveram refugiar-se nas montanhas, havia machos, fêmeas e crianças, vivendo nas grutas e fazendo as galerias nas cavernas. Fizeram também as inscrições nas paredes e os discos de pedra contando o ocorrido.
     As suas intenções eram pacíficas, tentaram contacto com os habitantes da terra, mas não foram compreendidos. Os humanos que os viram, confundiram-nos com demónios inimigos e armados de lanças, caçaram-nos e mataram a maioria deles.
     Os humanos que os Dropa tentaram contactar eram os nativos da tribo Han, que também habitavam em cavernas, mas em cavernas das montanhas vizinhas. Os Han consideravam-nos inimigos que estariam a invadir o seu território.
     Depois de várias tentativas de comunicação, os Han conseguiram entender as finalidades pacíficas dos Dropa. Foram admitidos pelos Han e convidados ao seu território, assim os Dropa sobreviventes puderam viver juntamente com os Han, até que todos morreram e foram enterrados nas cavernas onde viveram.
     Seja qual for a verdade por trás dos discos Dropa, os estudiosos e pesquisadores continuam fascinados com a sua existência. A alta concentração de Cobalto e a alta dureza dos discos aumentam o mistério acerca destes objectos.
Arqueólogos e Antropólogos continuam tentando saber mais do seu significado. A sua origem continua desconhecida.

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